quinta-feira, 7 de julho de 2011

Batatas temperadas e assadas com casca

Ingredientes:

- 3 batatas grandes cortadas grosseiramente
- 1 cebola média cortada em pétalas
- 6 dentes de alho amassados
- 1/2 xícara (chá) de azeite de oliva
- sal, orégano e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo:

- Em uma tigela, misture bem todos os ingredientes
- Coloque-os em uma assadeira untada e cubra com papel alumínio
- Leve ao forno e deixe por 15 minutos
- Retire o papel alumínio e deixe por mais 15 minutos, até dourar

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Beira-mar

Depois de uma pausa nas publicações deste Pimenta Bode, única e exclusivamente por conta da correria do dia-a-dia, gostaria, antes de voltar às receitas e dicas, de disponibilizar algumas imagens que darão o que falar. Pra quem gosta da baixa gastronomia e aprecia peixes e frutos do mar, as fotos, enviadas pelo nosso amigo-fotógrafo-colaborador Fabrício Spatti, são simplesmente “terríveis”. Feitas no bar Beira-mar, na Praia da Juréia, litoral de São Paulo, a porção de manjubinha recheada com bobó de camarão, na verdade, está sendo servida no lugar errado. Com a mais absoluta certeza, deveria fazer parte do cardápio-gastronômico rio-pretense, aqui bem pertinho de nós, mesmo sabendo que nada temos a ver com água salgada e areia: alguém se habilita?

Antes de mostrar essa delícia de porção a você, caro leitor, seguem algumas fotos da natureza privilegiada da Praia da Juréia. Esses peixinhos lindos que foram facilmente capturados pelo simpático caiçara, nada mais são que as estrelas principais de nosso prato: manjubinhas.  


Agora, preparem-se...



Dica do Pimenta: o artista que executar a receita será o campeão do Comida di Buteco 2011. Quer apostar?

terça-feira, 21 de junho de 2011

Encontro especial

É sempre bom receber de amigos e leitores algumas das delícias preparadas por eles durante festas ou encontros. E o Fabricio Spatti, fotógrafo-colaborador-oficial deste Pimenta Bode, novamente deu a sua contribuição. De família íntegra e que adora as reuniões dominicais, principalmente quando o "furdunço" acontece no Jardim do Cedro e conta com o chefe Humberto Sinibaldi Neto no comando das panelas, em um desses finais de semana o cardápio foi osso-buco com polenta, de encher a boca e os olhos de qualquer um.

Sinibaldi é um desses caras que cobram o escanteio e correm à área para marcar o gol. Gente do mais absoluto destaque no cenário cultural rio-pretense, dispensa qualquer comentário também na cozinha. É uma honra receber a foto de uma de suas receitas, sempre preparadas com muita classe e estirpe. Para a 
família, que tem no elenco gente como seu Suvenir, Kika, Vagnão entre outros atletas, um abraço cordial e um bom apetite!


Fabricio Spatti


sexta-feira, 17 de junho de 2011

O enterro do carneiro

Caro leitor, talvez, nunca tenha visto nada tão complicado na cozinha quanto preparar um ensopado de carneiro à moda antiga. Para os desavisados, o primeiro passo é cavar um enorme buraco e enchê-lo em seguida com madeira, carvão e tudo mais que pegue muito fogo. Com o braseiro já numa caloria pra lá do inferno, o tacho (adequado e próprio para isso) é cuidadosamente “deitado” sobre o buracão, claro, com todos os ingredientes devidamente cortados e temperados. A cova tem de ter 1,5 metro de profundidade, com diâmetro suficiente para descer a panela. O próximo passo é cobri-lo com uma folha de metal que será, posteriormente, “escondida” com boa parte da terra retirada no cavar da “toca”. É só aguardar entre 5 e 10 horas e pronto! 

Nossa região guarda alguns “artistas” com pós, mestrado e doutorado no preparo desse prato, que apesar de ser complicado, é muito saboroso. É o caso de uma turma do condomínio Jardim de Athenas, com o Fabrício Spatti à frente do bonde. A rapaziada preparou tudo com muito empenho e, depois de degustar essa delícia, mandou as imagens para este Pimenta Bode. Ao Spatti, amigo que sempre colabora com o blog, o nosso muito obrigado! E a ele também, confesso: da próxima vez espero ser convidado!

Primeiro passo: o buraco e o braseiro. A costela
 (no detalhe) também é uma boa pedida

Depois, cortar todos os ingredientes e temperar a carne
(se deixá-la marinando de um dia para o outro melhor)


"enterra..." (e a costela continua lá)


"...desenterra"

Pronto. Divirta-se!
  

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Persona muy grata

Jansen é o nome da fera. Tive a honra de conhecê-lo no sábado passado, há quase uma semana, durante o aniversário da Bia, prima querida que reuniu a "tchurma" em sua casa de campo nas Termas de Ibirá, que fica bem pertinho daqui. Logo o encarei, afinal, acabara de chegar à família. Costumo não errar e, novamente, estava certo: de nome imponente, Jansen é gente boa toda vida. E, pra minha surpresa, como eu, adora boa prosa e “molhar as palavras” com uma cachaça de engenho. Um, dois, três goles. Não demorou muito e decidi presenteá-lo com uma garrafa do precioso líquido, acompanhada de seu devido copo de estimação. A conversa se estendeu. Falamos de tantas “marcas e modelos” da “branquinha” que quase nos embriagamos somente com o assunto. Coisa boa!

Dia seguinte, novamente pra minha surpresa, Jansen mal chegou ao local e se dirigiu à churrasqueira. Fortinho, logo pensei que, na verdade, estivesse louco para se apoderar de uma suculenta lasca de costela que assava pacientemente na brasa. Desta vez, me enganei. Nosso personagem estava mesmo era armado para o preparo de um copa-lombo diferente. A receita é simples e, posso garantir, fica divinamente gostosa. Sal grosso moderado, uma fatia de limão cravo sobre cada pedaço do suíno e só. Jansen me surpreendeu. Agora, espero vê-lo brevemente, afinal, o assunto para o próximo “furdunço”, como ele mesmo diria, já está definido: gastronomia, claro.

O artista e sua obra

Ao amigo, abraço cordial do blog!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Oásis urbano

Existe uma preciosidade na região. Na verdade, existem algumas. São vendas, armazéns e botequins considerados verdadeiros “oásis” pra quem, como eu, gosta de tudo que é pitoresco e misterioso. Quase em meio ao trânsito da Washington Luís, a SP-310, e bem próximo à loucura de Rio Preto, cidade grande e de gente indo e vindo a todo momento, existe o Armazém Caparroz, em Uchoa. Um lugar incrível e com personagens inusitados.

Construído em 1928 e sem ter se dado ao luxo, até os dias atuais, de receber uma reforma por menor que seja, o espaço guarda histórias que até Deus duvida, além de se apresentar com arquitetura arrojada e colonial. Penico, vara de pescar, farolete, faca, ferramenta, cano, binga, panela, tampa de vaso sanitário e, claro, cachaça de tudo quanto é tipo e sabor, são apenas alguns dos produtos comercializados na área.

Mas, por mais que tente escrever neste blog, nada terá o valor das imagens capturadas pelo amigo Jansen, paulistano pra lá de bamba que esteve no armazém no último sábado e registrou essa rara magia. E você, conhece algum lugar parecido com o Armazém Caparroz? Mande-nos fotos que teremos o privilégio em divulgá-las.

Uma boa “viagem”!

fachada

mais uma

o dono

"cardápio"

clientela


sexta-feira, 10 de junho de 2011

Confort food

Semana passada deixei de acompanhar minha esposa em uma tarde de compras no supermercado. Mensalmente, reclamo de acompanhá-la. Mas, honestamente, desta vez achei estranho o fato de tê-la abandonado nessa missão. Particularmente, gosto de pesquisar os preços, escolher os frios, buscar algo diferente no hortifruti, enfim, cumprir à risca o figurino de um bom consumidor metido a cozinheiro. Eis que, para a minha surpresa, quando ela apontou em casa com o carro carregado de sacolas, uma me chamou a atenção.

Era um “negócio” verde, com talos enormes e firmes, folhas viçosas e com formato diferente. Não, leitor, não era couve. Não! Não soube decifrá-lo. Mas tratava-se de um generoso (e bota generoso nisso) maço de espinafre. Isso mesmo, aquela comidinha que deixava o Popeye forte em nosso tempo de criança na tevê. Perguntei a ela o que queria que fizesse com aquilo. Sem titubear ela respondeu: bolinho de espinafre. Nunca havia feito isso antes em minha aventura pelo mundo da gastronomia.

Lembrei-me que meu pai, seu João Fiorin, cozinheiro daqueles que preparam qualquer coisa sem receita, executava um maravilhosamente bem nos tempos de antigamente. Eu e meus irmãos adorávamos. Taí: porque não aprender o bolinho e fazer para meu filho também, seguindo a tradição familiar? (sou apegado a essas coisas...) Guilherme tem um ano e sete meses e nunca antes havia saboreado nada com o ingrediente. Corri perguntar para meu bom e velho pai. Didaticamente, explicou-me tim-tim-por-tim-tim. E garanto. É muito fácil de preparar e muito gostoso de comer.

Vou passar a receita a vocês, amigos, exatamente como o seu João explicou-me. Em seguida, publico neste Pimenta Bode o resultado transformado em uma humilde foto produzida por mim, já que o fotógrafo-colaborador-oficial deste espaço é o Spatti.

Para o bolinho, tire as folhas do espinafre, lave-as bem e coloque em uma panela com água, um pouco de vinagre e leve ao fogo por 10 minutos. Depois, junte tudo e corte-as em tiras. Em uma tigela, acrescente um “punhadinho” de farinha de trigo, um ovo inteiro, mais um “punhadinho” de queijo-ralado, um “golinho” de leite, uma pitada de sal e outra de pó-royal. Misture tudo até dar o ponto que achar necessário para a fritura. Esquente o óleo e, com colheres, molde os bolinhos e bote na panela. Pronto!

Resultado:


Fácil, não? Faça também um bolinho para seu filho, tenho certeza que ele vai adorar. O Guilherme, por exemplo, há dois dias não quer saber de outra coisa. Cada sentada em frente à tevê (sei que é errado acostumá-lo assim) são dois ou três.

Conclusão: com a ajuda de meu pai, sei o que fazer quando meu pequeno garoto não estiver pra muita comida. É igual a propagando do avô que toca piano pro neto dormir por telefone, como fazia com seu filho quando este ainda era criança.

Moral da história: são os pequenos e “velhos” gestos os que mais nos fazem felizes.

Pense nisso! Um ótimo final de semana!