Era um “negócio” verde, com talos enormes e firmes, folhas viçosas e com formato diferente. Não, leitor, não era couve. Não! Não soube decifrá-lo. Mas tratava-se de um generoso (e bota generoso nisso) maço de espinafre. Isso mesmo, aquela comidinha que deixava o Popeye forte em nosso tempo de criança na tevê. Perguntei a ela o que queria que fizesse com aquilo. Sem titubear ela respondeu: bolinho de espinafre. Nunca havia feito isso antes em minha aventura pelo mundo da gastronomia.
Lembrei-me que meu pai, seu João Fiorin, cozinheiro daqueles que preparam qualquer coisa sem receita, executava um maravilhosamente bem nos tempos de antigamente. Eu e meus irmãos adorávamos. Taí: porque não aprender o bolinho e fazer para meu filho também, seguindo a tradição familiar? (sou apegado a essas coisas...) Guilherme tem um ano e sete meses e nunca antes havia saboreado nada com o ingrediente. Corri perguntar para meu bom e velho pai. Didaticamente, explicou-me tim-tim-por-tim-tim. E garanto. É muito fácil de preparar e muito gostoso de comer.
Vou passar a receita a vocês, amigos, exatamente como o seu João explicou-me. Em seguida, publico neste Pimenta Bode o resultado transformado em uma humilde foto produzida por mim, já que o fotógrafo-colaborador-oficial deste espaço é o Spatti.
Para o bolinho, tire as folhas do espinafre, lave-as bem e coloque em uma panela com água, um pouco de vinagre e leve ao fogo por 10 minutos. Depois, junte tudo e corte-as em tiras. Em uma tigela, acrescente um “punhadinho” de farinha de trigo, um ovo inteiro, mais um “punhadinho” de queijo-ralado, um “golinho” de leite, uma pitada de sal e outra de pó-royal. Misture tudo até dar o ponto que achar necessário para a fritura. Esquente o óleo e, com colheres, molde os bolinhos e bote na panela. Pronto!
Resultado:
Fácil, não? Faça também um bolinho para seu filho, tenho certeza que ele vai adorar. O Guilherme, por exemplo, há dois dias não quer saber de outra coisa. Cada sentada em frente à tevê (sei que é errado acostumá-lo assim) são dois ou três.
Conclusão: com a ajuda de meu pai, sei o que fazer quando meu pequeno garoto não estiver pra muita comida. É igual a propagando do avô que toca piano pro neto dormir por telefone, como fazia com seu filho quando este ainda era criança.
Moral da história: são os pequenos e “velhos” gestos os que mais nos fazem felizes.
Pense nisso! Um ótimo final de semana!
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